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Recente pesquisa feita pelo Instituto Paraná Pesquisa, a pedido do jornal Gazeta do Povo, aponta que o curitibano aceita novo referendo sobre o comércio de armas de fogo. Segundo o levantamento, 67% dos entrevis-tados são favoráveis a um novo debate para discutir o desarmamento no

país e 68% acham que a comercialização deve ser proibida.

Oito em cada dez curiti-banos entrevistados pelo Paraná Pesquisas afr-mam que o número de homicídios no Brasil está diretamente relacionado à quantidade de armas legais e ilegais em circu-lação. Além disso, 69% acham que somente as autoridades policiais de-vem ter direito de portar uma arma e, para apenas 25%, o cidadão está mais seguro com este tipo de objeto.

Uma das principais de-fensoras do desarmamento no Brasil, a organização Viva Rio, calcula que existam no país 17 milhões de armas, quase uma a cada dez habitantes. Dessas, 2,1 milhões estão com a polícia, 5,4 milhões são legais e 9,5 mi-lhões são usadas sem porte e podem estar relacionadas à criminalidade. Os dados colocamo Brasil como o sexto domundo emnúmeros absolutos e resultam na morte de 34 mil pessoas por ano.

No ano passado, de acordo com a Polícia Federal, a diminuição do número de armas de fogo em cir-culação (em parte graças à cam-panha de desarmamento) e o re-sultado de uma lei que restringe o acesso e torna os mecanismos de compra, venda e registro de armas mais rígidos, houve uma redução de 15,4%das mortes por armas de fogo no país, taxa que vinha man-tendo uma tendência de cresci-mento nos últimos 13 anos.

Pesquisa da Organização das Na-ções Unidas para a Educação, a Ci-ência e a Cultura (Unesco) aponta que mais de 5,5 mil vidas foram poupadas desde a entrada em vi-gor do Estatuto Nacional do De-sarmamento. Já levantamento do Ministério da Saúdemostra queda real de 8,2%no número demortes por armas de fogo em 2004 (se-gunda edição da campanha) em relação ao ano anterior, o corres-pondente a 3.234 vidas.