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Em relação à participação das mulheres em altos cargos do Judiciário, mui-
to inferior ao número de homens, a advogada avalia que “antigamente, os
bancos das faculdades de Direito eram ocupados apenas por homens. As
mulheres tiveram este acesso mais tarde e este fato tem refexos até hoje.
Na minha opinião, é uma questão de tempo para que haja paridade entre
homens e mulheres nos altos escalões do Poder Judiciário”.
Segundo Claudia, no cenário corporativo não é muito diferente. “Assim
como no Poder Judiciário, a participação damulher vem crescendo nas cor-
porações, especialmente nos departamentos jurídicos. Evidentemente, a
mulher precisa sempre provar que é capaz e competente para assumir uma
função na empresa, conciliando sua vida pessoal, que muitas vezes inclui
marido e flhos. Esta, na minha opinião, é a grande difculdade, pois não
vejo esta exigência (ainda que velada) dos homens”, saliente.
Por outro lado, não são
apenasdifculdades. “Po-
rém, as vantagens não
são apenas para as mu-
lheres,quetrabalhamem
um ambiente mais está-
vel do que um escritó-
rio de advocacia, com os
benefícios de um contra-
to de trabalho, mas tam-
bém para as empresas,
que podem contar com a
diversidade de opiniões.
Em relação à diversida-
de de gênero nas corpo-
rações, Claudia destaca
uma pesquisa recente da
consultoria McKinsey,
que mostra que 72% dos
entrevistados acreditam
que o maior número de mulheres executivas em cargos de liderança está
ligado ao melhor desempenho fnanceiro das empresas. “Quem tem o pri-
vilégio de trabalhar em um ambiente corporativo em que há equilíbrio no
número de homens e mulheres pode atestar que as questões são discutidas
de diversos ângulos, trazendo ganhos para a empresa”, sustenta.
Claudia acredita que a mulher deve continuar conquistando seu espaço no
Poder Público e na iniciativa privada como vem fazendo até hoje, mostran-
do que é competente e consegue lidar comdiversas situações profssionais e
pessoais ao mesmo tempo. “Este diferencial feminino não deve ser encara-
do como “certo” ou “errado”, mas como diferente do modelo de pensamen-
to masculino que até pouco tempo predominava. A diversidade de gênero é
sempre bem vinda, pois agrega valor e traz excelente resultados”, conclui.
Encontro de novembro aconteceu na sede da OAB Paraná
Palestrante, Patrícia Peck, especialista em direito
eletrônico